quarta-feira, 28 de julho de 2010
À primeira vista, o Teocentrismo ("Deus" no centro do universo) e o antropocentrismo ( o homem no centro do universo) aparecem como concepções antagônicas acerca do universo. Completamente diferentes, de campos opostos, certo? Bom, pensando bem, talvez não seja bem assim.
Se analisarmos as religiões em geral, tanto as existentes quanto as extintas, ao menos creio eu, que em sua maioria, as reliçiões chegam a dois consensos: uma cosmogonia ( criação do universo) que resulta sempre na aparição do homem como criação final, além de apresentarem a preocupação com o pós-morte. Isto me soa mais como características antropocêntricas. Os deuses, ou Deus ( Jesus, Alá, Jeová, Yahweh e o caralho a quatro) vieram surgindo de algo que sempre existiu ou simplesmente sempre existiram, e terminaram criando uma "raça única e especial" num planetinha no cú do universo. E qualquer que seja a divindade, permanece cuidando dessa "raça única", relevando apenas as ações dessa raça e garantindo inclusive uma dimensão para os sseus mortos.
Pessoalmente, eu observo isso tudo como tentativas, que acredito propagarem-se desde os tempos pré-históricos, de além de tentar explicar a origem do mundo e nossa própria, alavancar nossas breves existências a uma importãncia cósmica incomparável. Antropocentrismo puro.
Um exemplo empírico do que estou alegando é a Bíblia. Deus, um ser perfeito, onipresente, onipotente e onisciente ( que pessoalmente num sei como, por exemplo, um ser que sabe de tudo consegue ser traído por um de seus anjos, afinal, ele sabe de tudo) fez o homem á sua imagem e semelhança para que governasse o restante dos seres vivos. Mas o homem errou e começou a infringir as regras que Deus impôs sobre apenas a humanidade. Porém, Deus NOS ama, tem a capacidade de interceder por NÓS, ouve a NÓS, cuida de NÓS. Então, afinal, Deus é o ser que está no centro de tudo ou é apenas uma invenção que indiretamente ascende-nos ao centro do universo?
Em minha concepção, a segunda alternativa apresentada acima é a mais verossímel. O Teocentrismo surgiu usando como base aspectos antropocêntricos, porém para mim ambos são equívocos. Não vejo como uma rélis espécime numa breve página da história de um minúsculo planeta seja assim tão importante e única. Por isto, entendo o Biocentrismo como uma concepção mais correta, visto que, em suma, define-nos como uma parte integrante do universo junto do restante da natureza.