Acredito

terça-feira, 13 de julho de 2010

Encontro-me em meu leito de morte
Pedi ao padre que viesse à mim
Enquanto isso, lembro-me de minha vida
Ah! e que vida eu tive!
As noites da cidade eram praticamente minhas
Bebia, fumava, brigava...
Toda noite eu conseguia transar
E usava a força se fosse preciso
Enfim, divertia-me
Roubar era basicamente um hobby, sabe?
Era mais do que um lucro extra
Era divertido
Matar?As vezes, se fose preciso
Mas não nego que gostava
Sentia prazer, até
Adorava ver o terror nos olhos da pessoa antes de morrer
O sangue jorrando...
Bons tempos
Mas também sempre fui uito católico
Ia às missas todo domingo
Sempre acreditei fielmente em Deus
Sabia que ele estava ao meu lado
Mas, agora encontro-me velho
Aqui
Em meu leito de morte
Pedi ao padre que viesse à mim
Disse-lhe que sempre acreditei
Que nunca havia sido um herege
E pedi-lhe o perdão
E ele me concedeu
Pronto
Não importa o que eu tenha feito
Nunca deixei de acreditar
Pois não importa suas convicções, suas ações
A salvação encontra-se principalmente na fé
Certo?

1 comentários:

Unknown disse...

eu li.. gostei!
acheia crítica interessante e relevante!

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