Tristeza Desmedida

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Às vezes percebo-me assolado
Por um sentimento que assemelha-se à tristeza
Possuindo minha mente,
Vindo não sei de onde
Nem o porquê.
Às vezes, fico mais reflexivo nesses momentos
Assemelhando-me a um filósofo estóico
Que mede e controla seus sentimentos e impulsos;
Torno-me mais quieto
Fecho-me em minha própria mente.
Já em outras ocasiões,
Ocorre o inverso.
Sentimentos surgem e se vão
Em extrema abundância e instabilidade
Onde vou da tristeza ao ódio, do ódio à tristeza.
Recentemente, consegui uma conotação culta
Durante esses momentos
Onde surge-me a vontade de escrever
Seja poema, seja alguma dissertação...
Escrever.
Entretanto, não sei o porquê
Da aparição deste momento semelhante à tristeza
Apenas sou capaz de exercer certo controle
E esperar que passe.
Entretanto, há a alternância
Entre ir e vir desse sentimento
Em um ciclo, que cada vez mais percebo que é algo
Vitalício

Ciências Exatas, Ciências Inexatas...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

" O passado é, por definição, um dado que nada mais modificará. Mas o conhecimento do passado é uma coisa em progresso, que incessantemente se transforma e aperfeiçoa" - Marc Bloch, "Apologia da História"

Decidi começar usando este trecho de uma obre de um historiador do início do século XX. Não é preciso muito esforço para compreendê-la. Simples: sabe aquela História apresentada no colégio, em livros didáticos, bonitinha, com início meio e fim, aparentemente imutável? pois é... ESSA PORRA NÃO EXISTE!!
O que estuda-se em História é justamente vestígios de passados distantes ou recentes que passam pelo filtro das mentes de meia dúzia de lunáticos chamados de historiadores ( sim, sou um lunático em treinamento). Está em constante processo de debate e análise, sendo o que muitos professores passam em suas salas de aula seria uma versão "condensada", "pronta", o que cria uma espécie de mito ( que já me falaram como se fosse simples assim) que a História seria algo que já estivesse pronta. Imagine tentar realizar um debate sobre o fim do Império Romano para começar a Idade Média em plena 5° série?
"Há! Mas alguns fatos históricos estão em um estado indiscutível!". Talvez. Se as fontes ( em linguagem de lunáticos/historiadores, fontes são tudo o que pode ser estudado pra se possuir um conhecimento sobre o passado: documentos, utensílios, armas, moedas...) apontam para ter ocorrido certo acontecimento de certo modo, ele torna-se um fato histórico. Porém, o surgimento de novas fontes é completamente plausível, e essas novas fontes podem muito bemmudar drásticamente a visão sobre um determinado acontecimento.
" Por isso que prefiro a área de exatas! As leis da matemática, física, química... da natureza em geral, são imutáveis!" Quem me garante?
Aulinha básica de História: quantas vezes a Ciência não foi revista, analizada e reanalizada, mudando seus conceitos mais enraizados no passado? Pois bem, gostaria de apenas UM argumento definitivo para que eu não deva acreditar que daqui a, sei lá, quinhentos, mil anos, novas tecnologias acabem por reformular até as leis básicas com as quais são vistas e estudadas a química, por exemplo. Nesse caso, as chamadas áreas Exatas da Ciência ( as Biológicas não estão de fora não, só não as citei porque me dão menos nojo de estudar xD) seriam tão mutáveis quanto as humanas.
" Simples, isso soa absurdo, é improvável". Já me responderam essa. Mas desde quando algo IMPROVÁVEL é IMPOSSÍVEL?

Considerações Gerais e Pessoais acerca do Comunismo

Antes de mais nada, afirmo piamente que gostaria que existisse o modelo comunista pensado por Karl Marx. Entretanto, esse ideal é, obviamente, extremamente utópico.
Primeiro, para funcionar em um único país seria necessária a adesão, a meu ver, em TODOS os países, nos mesmos moldes utópicos, para que não ocorresse problemas como no caso de Cuba.
Segundo, o próprio pensamentoe de Marx é falho. Ao ler um trecho do Manifesto Comunista, vi que Marx afirmava que primeiramente a classe operária assumiria o poder, para depois esse poder entrar em detrimento até não existir, o que acarretaria na anarquia em seus moldes bons. Ora, nunca que a natureza humana abandonaria o poder para transitar naturalmetne à anarquia. O ser humano é, em geral, ambicioso e egoísta ( generalização pessimista à parte, acredito fazer parte da natureza humana). E mesmo assim, ainda que ocorresse de fato essa transição à anarquia ( que vale salientar, é crucial para o comunismo utópico), é preciso lembrar que algumas pessoas são, naturalmente, mais voltadas à liderança que outras ( lembro-me de várias situações em meus anos de escola quando algum colega, seja homem ou mulher, tomava as rédeas de alguma atividade ou trabalho escolar). Com o tempo, e segundo minha concepção, essas pessoas acabariam por assumir lideranças aqui e ali, visto que os demais acabaraiam por "doar-lhes" essa liderança. Essa nova transição, logo de início, quebraria com a anarquia necessária ao comunismo utópico, além de ser progressiva.
Em terceito lugar, creio que para se instalar o comunismo ( globalmente, como já afirmei) seria necessário mudar toda a mente e natureza da raça humana, meio que elevando-a a um "denominador comum". Mesmo que algumas pessoas conseguiriam viver e muito bem nesse sistema, muitas seriam contrárias por motivos diversos ( além de que, como já disse e repito, entendo "ambição" e "egoísmo" como parte da humanidade) e acabariam tornando-se causadores de choques e conflitos.
Para finalizar, afirmo que, mesmo tendo dito no início que gostaria sim de viver em um mundo comunista, sou muito acostumado ao modelo capitalista para me imaginar vivendo em um modelo distinto. Me adaptaria dificilmente, admito, principalmente se levar em consideração o plano da economia e do desenvolvimento que, mesmo tendo um conhecimento muito raso sobre o assunto, sou minimamente capaz de entender que seria diferente de tudo o queconheço sobre o assunto

Mitologia - Lilith, a primeira mulher de Adão

sábado, 21 de agosto de 2010

Bem, vendo o blog de uma amiga resolvi plagiar sua idéia de escrever sobre algumas alguns deuses e/ou personagens mitológicos que eu gosto. Começarei por Lilith, que segundo o folclore judaico seria a primeira mulher de Adão.
As histórias sobre Lilith são variadas. Algumas afirmam que ela foi criada por Yahweh (o deus judaico, que também seria o cristão e muçulmano, mas enfim, prefiro chamá-lo assim =D) durante a noite, da mesma forma que Adão, vindo do barro. Outras histórias afirmam que Yahweh criou Adão como um ser andrógeno ( tanto homem quanto mulher), separando-o depois e chamando a metade feminina de Lilith, que tornou-se sua primeira esposa. Lilith teria se rebelado contra a submissão que sofria de seu marido e, ao receber um sermão de Yahweh afirmando que essa era a ordem natural, ela sai do Éden e refugia-se com os anjos caídos. Yahweh envia três anjos em seu encalce, Sanvi, Sansavi e Samangelaf, porém ela recusa-se a retornar e casa-se com Samael, um dos anjos caídos.
Lilith tenta Adão a cometer adultério ao passo que Samael faz o mesmo com Eva, expulsando assim o homem do paraíso.
Lilith possui associações com a deusa grega Hécate, a deusa Suméria Inanna e com um demônio feminino da antia Mesopotâmia. Dizia-se que Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubus quando mulheres e íncubus quando homens, ou simplesmente lilins. Se alimentavam da energia liberada no ato sexual e de sangue humano.
Lilith passou a perder representatividade e foi excluída do Antigo Testamento na saída dos hebreus do império Neobabilônico quando este foi tomado pelos Persas. Porém, continuou na superstição da população em geral no período medieval. A partir do séuclo XIX Lilith foi adotada pela arte e pela literatura, e atualmente ela é associada como uma espécia de mãe dos vampiros, aparecendo em algumas ficções do gênero

Teocentrismo e Antropocentrismo

quarta-feira, 28 de julho de 2010

À primeira vista, o Teocentrismo ("Deus" no centro do universo) e o antropocentrismo ( o homem no centro do universo) aparecem como concepções antagônicas acerca do universo. Completamente diferentes, de campos opostos, certo? Bom, pensando bem, talvez não seja bem assim.
Se analisarmos as religiões em geral, tanto as existentes quanto as extintas, ao menos creio eu, que em sua maioria, as reliçiões chegam a dois consensos: uma cosmogonia ( criação do universo) que resulta sempre na aparição do homem como criação final, além de apresentarem a preocupação com o pós-morte. Isto me soa mais como características antropocêntricas. Os deuses, ou Deus ( Jesus, Alá, Jeová, Yahweh e o caralho a quatro) vieram surgindo de algo que sempre existiu ou simplesmente sempre existiram, e terminaram criando uma "raça única e especial" num planetinha no cú do universo. E qualquer que seja a divindade, permanece cuidando dessa "raça única", relevando apenas as ações dessa raça e garantindo inclusive uma dimensão para os sseus mortos.
Pessoalmente, eu observo isso tudo como tentativas, que acredito propagarem-se desde os tempos pré-históricos, de além de tentar explicar a origem do mundo e nossa própria, alavancar nossas breves existências a uma importãncia cósmica incomparável. Antropocentrismo puro.
Um exemplo empírico do que estou alegando é a Bíblia. Deus, um ser perfeito, onipresente, onipotente e onisciente ( que pessoalmente num sei como, por exemplo, um ser que sabe de tudo consegue ser traído por um de seus anjos, afinal, ele sabe de tudo) fez o homem á sua imagem e semelhança para que governasse o restante dos seres vivos. Mas o homem errou e começou a infringir as regras que Deus impôs sobre apenas a humanidade. Porém, Deus NOS ama, tem a capacidade de interceder por NÓS, ouve a NÓS, cuida de NÓS. Então, afinal, Deus é o ser que está no centro de tudo ou é apenas uma invenção que indiretamente ascende-nos ao centro do universo?
Em minha concepção, a segunda alternativa apresentada acima é a mais verossímel. O Teocentrismo surgiu usando como base aspectos antropocêntricos, porém para mim ambos são equívocos. Não vejo como uma rélis espécime numa breve página da história de um minúsculo planeta seja assim tão importante e única. Por isto, entendo o Biocentrismo como uma concepção mais correta, visto que, em suma, define-nos como uma parte integrante do universo junto do restante da natureza.

Guia básico de religiões em geral

domingo, 18 de julho de 2010

. Você sobreviverá a própria morte
. Se você morrer como mártir, seu destino variará dependendo de sua crença: viver no lar dos deuses, onde banqueteará eternamente em companhia destes; irá para a companhia de Jesus instantaneamente e poderá chegar à ser considerado santo; irá para uma parte do paraíso onde se regalará com 72 virgens.
. Hereges, blasfemos ou apóstatas devem ser mortos ( ou punidos, por exemplo, pelo ostracismo, ou seja, exílio, em relação às suas famílias)
. A crença em sua divindade é uma virtude suprema. Se você perceber que sua crença está vacilando, trabalhe duro para restaurá-la, e implore à sua divindade para ajudá-lo a combater a descrença.
. A fé ( crença sem evidências) é uma virtude. Quanto mais suas crenças desafiarem suas evidências, mais virtuoso você será. Fiéis virtuosos que conseguem acreditar em alguma coisa muito estranha, insustentável, em franca oposição às evidências básicas e à razão, são especialmente recompensados.
. Existem leis que o obrigam a aceitar crenças diferentes de outras pessoas. Respeite-as, mas lembre-se sempre que representantes de outras religiões, e mais ainda os que não possuem religião alguma, e insistem em manter suas posições, são hereges e pagarão por isso.
. Existem coisas estranhas ( como a Trindade, a transubstanciação, a encarnação) que não nos cabe compreender. Nem tente entendê-las, porque a tentativa pode vir a destruí-las, e a própria razão, como dizia Martinho Lutero, é arquiinimiga da religião, é um ato herético. Aprenda a aceitar essas coisas estranhas e a satisfazer-se chamando-as de mistérios.

Retirado e editado de: DAWKINS, Richard. Deus, um delírio; Tradução: Fernanda Ravagnani. São Paulo: Cia das Letras, 2007

Guia antropológico básico para entendimento de leigos acerca do Cristianismo

. No tempo dos ancestrais, um homem nasceu de uma mãe virgem, sem nenhum pai biológico envolvido.
. O mesmo homem sem pai chamou a um amigo chamado Lázaro, que estava morto havia tempo bastante para cheirar mal, e Lázaro imediatamente voltou à vida.
. O próprio homem sem pai voltou à vida depois de ficar três dias morto e enterrado.
. Quarenta dias depois, o homem sem pai subiu ao topo de uma montanha e depois desapareceu no céu.
. A mãe virgem do homem sem pai nunca morreu, mas foi "transportada" corporeamente para o céu.
. Pão e vinho, se abençoados por um padre, "transformam - se" no corpo e sangue do homem sem pai.
. Se você murmurar coisas dentro de sua cabeça, o homem sem pai, e seu "pai" ( que tambem é ele mesmo), ouvirá seus pensamentos e pode tomar providências em relação a eles. Ele é capaz de ouvir simultaneamente os pensamentos de todas as pessoas no mundo.
. Se você faz alguma coisa ruim, ou alguma coisa boa, o mesmo homem sem pai tudo vê, mesmo que ninguem mais veja. Você pode ser recompensado ou punido, inclusive depois de sua morte.
. Após sua morte, se você teve boas atitudes e sempre acrditou no homem sem pai, você ira para um lugar paradisíaco e perfeito onde residirá eternamente. Caso tenha realizado algumas más ações, suas chances de ir ao lugar paradisíaco diminuem e aumentam as chances de você ir a um lugar tenebroso, onde será castigado eternamente. Caso você não tenha acreditado no homem sem pai, suas ações são desconsideradas e você será enviado diretamente ao lugar tenebroso.

Retirado e editado de: DAWKINS, Richard. Deus, um delírio; Tradução: Fernanda Ravagnani. São Paulo: Cia das Letras, 2007

Acredito

terça-feira, 13 de julho de 2010

Encontro-me em meu leito de morte
Pedi ao padre que viesse à mim
Enquanto isso, lembro-me de minha vida
Ah! e que vida eu tive!
As noites da cidade eram praticamente minhas
Bebia, fumava, brigava...
Toda noite eu conseguia transar
E usava a força se fosse preciso
Enfim, divertia-me
Roubar era basicamente um hobby, sabe?
Era mais do que um lucro extra
Era divertido
Matar?As vezes, se fose preciso
Mas não nego que gostava
Sentia prazer, até
Adorava ver o terror nos olhos da pessoa antes de morrer
O sangue jorrando...
Bons tempos
Mas também sempre fui uito católico
Ia às missas todo domingo
Sempre acreditei fielmente em Deus
Sabia que ele estava ao meu lado
Mas, agora encontro-me velho
Aqui
Em meu leito de morte
Pedi ao padre que viesse à mim
Disse-lhe que sempre acreditei
Que nunca havia sido um herege
E pedi-lhe o perdão
E ele me concedeu
Pronto
Não importa o que eu tenha feito
Nunca deixei de acreditar
Pois não importa suas convicções, suas ações
A salvação encontra-se principalmente na fé
Certo?

Agradecer

segunda-feira, 12 de julho de 2010


Frente à nossa realidade cultural e religiosa no Ocidente atual, deveríamos agradecer a dois nomes que possibilitaram o início desse quadro ( nomes os quais vivem me ferrando em provas na faculdade). Dois imperadores da Roma Antiga: Constantino I e Teodósio I. Num breve resumo de história, Constantino interrompeu as perseguições aos cristãos primitivos e Teodósio regulamento o cristianismo como religião em Roma. Graças aos atos destes dois homens, o cristianismo, inclusive nossa Santa Igreja Católica, pôde crescer e chegar até nós com um longo percurso de uma bela história.
Esta história consiste em santas batalhas sangrentas em nome da palava de Gzuis. Santos assassinatos. A belíssima e clássica intolerância religiosa que tanto tirou vidas de hereges, mas que sempre posuiu uma aura dourada e sagrada ao seu redor. Os santos heróis de guerras que dizimaram populações inteiras. Além de diversos outros atos santos e belos em nome de Gzuis.
Repito, graças a esses imperados que citei no início do post esse belíssimo histórico de evoção à Gzuis pôde ser criado. Mas não podemos nos esquecer da vertende mais moderna do cristianismo, o protestantismo (Igreja Batista Universal do Senhor Altíssimo do 7° Dia do Monte Sagrado de Jerusalém sobre a Pedra da Ressurreição), que contribuiu enormemente ao catolicismo em seu esforço de intolerãncia religiosa e ataques cotidianos aos infiéis satãnicos possuídos que tiveram a audácia de continuar com suas culturas mesmo após terem ouvido a palavra de Gzuis, pregada por digníssimos homens. Ou aqueles que ousaram questionar, usando muitas vezes o ato satânico da razão, os dogmas da Santa Religião. Todos satânicos.
Agradecemos mais uma vez a esses imperadores por tudo isso. Mas devemos agradecer também aos que vieram antes de Constantino, que não conseguiram aniquilar os cristãos que viviam em Roma meramente em uma situação considerável a de uma seita. Não com a mesma convicção, vontade e eficácia que a Santa Igreja Católica liquidou religiôes e seitas ao longo de sua trajetória. Tudo, óbvio, com a intenção de proclamar, a base de sangue, a santa palavra de Gzuis, que pregava a paz e a tolerância.

A todos eles, meu muitíssimo obrigado.
Tio Chico

Ps: se podemos condenar um homem que, durante aproximadamente 20 anos, passou cometendo crimes por mais de 15, por que não podemos condenar uma religião que por 2000 anos cometeu atrocidades por mais de 1500? apenas por seu número de defensores?